Conheci o Clovis em 1987, no CNMAC, em Gramado. Fomos apresentados no aeroporto de Porto Alegre. Eu fazia doutorado na Puc-Rio na época. Em 1995, estava na UFSC quando Clovis e seus alunos, Rômulo e Hugo, chegaram. Mas ficamos muito próximos quando retornei do pós doutorado no CERFACS, em 1998. Convidou-me para as bancas de doutorado do Matioli e do Marcos Figueiredo, e estivemos juntos no congresso de otimização em Coimbra, nesse mesmo ano. O Martinez resumiu bem: Clovis era solidário com o ouvinte nas palestras e aulas, sentíamos uma cumplicidade quando desvendávamos juntos fatos matemáticos complexos. Ele era um amigo fiel. Lembro-me que na eleição para vice-diretor de centro, na UFSC, ele fez questão de vir votar em mim, desviando seu caminho de um concerto, porque não queria ficar com a consciência pesada se eu perdesse por um voto. Fiquei com a Tânia, elegantemente vestida, aguardando-o enquanto fora votar. Fiquei grato e comovido pela demonstração de amizade e confiança. Clovis era uma pessoa de coração puro.

Licio H. Bezerra Matemática - UFSC